Meu filho não aceita o alimento, oque Fazer?

Seu filho está recusando o alimento? Entenda oque pode estar por trás da recusa alimentar




O momento da alimentação pode se tornar um pesadelo para alguns pais e cuidadores, principalmente na fase que compreende entre 2 a 6 anos de idade. 
está fase é chamada de pré-escolar, trata-se de um  período de transição onde a criança ganha independência e a  descoberta do mundo  explorando o ambiente é uma fase de intenso aprendizado que deve ser bem estimulada.
 O que ocorre nesta fase é a mudança das prioridades para o desenvolvimento cognitivo e aprendizagem, o apetite é suprimido pela vontade de explorar e conhecer todo o ambiente a sua  volta. Nesta fase a criança diminui o interesse em comer e o apetite pode varias, diminuindo o interesse pelo alimento, é uma fase natural e transitório na maioria das vezes não causa prejuízo a saúde da criança   deve ser conduzida com bastante atenção pelos pais e cuidadores, para que as interferências dos adultos não venha a reforçar hábitos que podem se tornar um grande problema mais tarde.


antes de falarmos sobre o que fazer nesta fase, é preciso entender o que é seletividade alimentar, dificuldade alimentar e transtorno alimentar. São situações bastantes distintas e a conduta deve ser bem diferente.
Os conceitos se aplicam a crianças típicas ou crianças atípicas a diferença vai depender que nível de suporta cada criança necessita, da sua interação com o ambiente para que as condutas sejam bem direcionadas.
É comum que a criança nesta fase mude seu comportamento  em relação a alimentação, a inconstância variando em dias que aceita e come bem e outros que o apetite diminui  variando a quantidade e a frequência.
 Nesta fase a criança também está moldando sua personalidade estabelecendo preferencias e seu paladar, por isso a fase da introdução alimentar é tão importante para que neste período o paladar e quantidade de alimentos não sejam tão suprimidos.

Nesta fase a ansiedade dos pais para que a criança coma pode levar a condutas inadequadas e acabe reforçando comportamentos que leve a uma seletividade alimentar.
se a criança não come muito bem um dia ou outro , não substituía as refeições por lanches ou por alimentos de fácil  aceitação pela criança, isso reforça a recusa da comida para obter aquele alimento preferido.


Tenha calma, oferte porções menores. Observe o momento que a criança busca pelo alimento,  tenha horários flexíveis e  mantenha uma boa rotina, não faça pressão para que a criança coma forçadamente, isso gera estresse e ansiedade, suprimindo ainda mais o apetite, respeite a capacidade gástrica da criança, o adulto é o responsável pela qualidade do alimento e a criança tem mecanismos que regem a saciedade, crie um ambiente  positivo, tranquilo e lúdico, faça reforços positivos e  envolva a criança no preparo do alimento se ela já tiver condições para isso, crie pratos divertidos.

apresente os alimento fora do momento da refeição assim  a criança não se sente pressionada , crie brincadeiras sensoriais explorando olfato, tato, visão e audição desperte a curiosidade essa é uma forma de aproximar o alimento da criança. 

Tenha calma e consistência não desista do alimento na primeira recusa, apresente o mesmo alimento em preparações e formas diferentes.


Quando a criança recusa o alimento,exclui grupos inteiros como por exemplo : não come nenhuma proteína, não come nenhuma fruta, não come nenhum cereal, come menos de 10 ou 5 alimentos  é preciso ligar o sinal de alerta, e tentar entender oque pode estar por trás da recusa alimentar.
É preciso entender o que é dificuldade alimentar e o que é transtorno alimentar.

A dificuldade alimentar está associada a alguma condição como :
 Parasitas intestinais que pode modificar a preferencia alimentar, competir com nutrientes causando deficiência nutricional  e anemia,que diminui o apetite a causa alteração no paladar.Os parasitas intestinais também podem causar sintomas semelhantes ao de resfriado.
É preciso ficar atenta e fazer o exame de fezes e hemograma para pesquisar parasitas e tratar de forma adequada.

 As alergias ou  intolerância alimentares, gastrite, esofagite, a constipação intestinal intestino lento e ressecado, freno da língua muito curto dificultando a movimentação do bolo alimentar ou algum trauma como engasgos e vômitos. São algumas condições que pode levar a dificuldade para se alimentar,  a criança não sabe falar qual desses desconforto a impedem de comer , por isso é importante entender as causas , para tratar a raiz do problema.


Já os transtornos alimentares são condições mais profundas e envolvem questões psíquicas e emocionais, traumas causados por hospitalização, traqueostomia, gastrectomia,  questões sensoriais e motoras da mastigação e deglutição, a falta de interesse pelo alimento que pode levar a prejuízos sociais.
Nestes casos o tratamento geralmente envolve uma equipe multiprofissional.

 Os transtornos alimentares podem  cursar  juntamente com a dificuldade alimentar, por isso é importante o olhar atendo do profissional de saúde para auxiliar na identificação e sugerir a melhor conduta para criança voltar a se alimentar de forma adequada. 

O olhar atendo e o cuidado parental pode fazer toda diferença na condução do melhor tratamento e o quanto mais cedo for corrigido menos prejuízo a saúde da criança.

por onde começar?

Observe sua criança e tente identificar algum motivo pelo qual ela não quer comer, investigue possíveis causa começando por exames laboratoriais para dosar vitaminas como: 
ferro, ferritina, vit. B12, Vit 25(OH) D, vit C, Zinco, Hemograma  completo e o exame de fezes, para avaliar deficiencia nutricional.

 Antes de suplementar é preciso desparasitar, os parasitas competem pelo nutriente.

Se a criança fica o tempo quase todo com o nariz entupido, não respira bem, tem bronquite ou asma são condições que dificultam a alimentação e deve tratar da IMUNIDADE, e não somente os sintomas.

Observe o transito intestinal, se a criança não evacua ou tem dificuldade pra evacuar sente dor, ela vai ter dificuldade para  aceitar a alimentação e pode até associar o alimento ao desconforto para fazer coco. 

Examine a boca para ver se não tem aftas, isso pode ser um sinal de estomatite ou esofagite condição que causa dor e desconforto, que em alguns casos a criança não sabe expressar, por isso recusa o alimento ou só aceita determinadas texturas.

Preste atenção na mastigação se não mastiga bem e engole muito rápido , se fica mastigando e não sabe engolir,  se fica ruminando o alimento. isso pode sinalizar algum dificuldade motora relacionado a anatomia da língua (freno curto) ou falta de coordenação, alteração sensorial que devem ser investigadas e acompanhadas por profissionais de áreas especificas como fonoaudióloga e terapeuta ocupacional (TO).


A terapia alimentar tem por objetivo traçar melhores condutas para aproximar o alimento da criança e se mostra muito eficiente quando as condições que possam causar dificuldade alimentar ou transtorno alimentar são identificados  tratados da forma adequada. 

Se você quer melhorar a relação da sua criança com o alimento, faça uma boa investigação para identificar as possíveis causas da recusa alimentar.

 O tratamento da seletividade alimentar está em conhecer a raiz do problema, tratar as possíveis causas, ampliar a variedade dos alimentos através de técnicas de terapia alimentar e reintrodução dos alimentos e promover uma alimentação mais saudável.

Terapia alimentar começa com o cuidado parental é tratada em casa com o apoio e empatia da família,  se for preciso conduzida por um profissional que promova o treinamento da família o principal ambiente da criança. 

Nutrição com proposito para garantir paz na mesa, um ambiente agradável. 
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