Como lidar com a seletividade da sua criança

   Onde foi parar aquele bebezinho que aceitava quase tudo que você oferecia?

Muitas crianças passam por momentos que começam a rejeitar certos alimentos, e nesta lista de alimentos excluídos acaba entrando também as frutas, oque gera frustração e muita preocupação aos pais com a qualidade da alimentação de sua criança.

 

Introdução

O Presente trabalho tem por objetivo auxiliar pais no cuidado da alimentação de suas crianças, compreender os vários fatores e desafios da seletividade alimentar vai muito além do próprio alimento, não adianta ter o alimento certo se você não sabe os possíveis fatores que a criança o rejeita. 

Nem sempre esconder o alimento da criança é a solução do problema, além de ser um estresse para os pais também pode se torna um transtorno para a criança e transformar a  alimentação cada vez mais  desagradável, contribuindo para reforçar a seletividade.  

O manual da alimentação infantil para crianças de 2 a 6 anos de idade busca desvendar os principais fatores por trás da recusa dos alimentos ou da resistência em aceita-lo. 

Nele estão relacionados alguns fatores a serem considerados como emoções e ansiedade, experiências traumáticas, sensibilidade sensorial, autonomia e controle, dinâmica familiar, a relação com a alimentação, fatores orgânicos e nutricionais.

Compreender e abordar a seletividade alimentar, sejam para crianças típicas ou atípicas, requer paciência e empatia, considerar o bem-estar emocional,  psicológico e a conexão da sua criança.

 Criar um ambiente de apoio e incentivar pequenos passos rumo á aceitação pode fazer uma grande diferença na formação de hábitos alimentares saudáveis em longo prazo.Eu te convido a fazer parte dessa jornada!


Pré escolar o que é natural nesta fase


O período chamado de pré-escolar compreende a idade de 2 a 6 anos, sendo esse um período, critico na vida da criança, onde se torna necessário e importante a consolidação de hábitos, uma vez que essa é uma fase de transição: a criança sai de uma fase de total dependência para entrar em uma fase de maior independência. 

Esta etapa se caracteriza por ser um período de diminuição do ritmo de crescimento, sendo inferior aos dois primeiros anos de vida segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria e Nutrologia (cerca de 2 a 3 kg/ano e cresce cerca de   5 a 7 cm/ano) com isso ocorre a diminuição do apetite  comum nessa fase. 

Muitas vezes a família por não compreender esta fase pode optar por fazer uso de estimulantes do apetite ou usar de atitudes coercitivas aumentando o estresse familiar, favorecendo a distúrbio alimentares como fobia alimentar, seletividade ou obesidade.

Essa fase também se caracteriza por um comportamento alimentar imprevisível e variável: a quantidade ingerida de alimentos pode oscilar, sendo grandes em alguns períodos e nula em outros, caprichos pode fazer com que o alimento favorito de hoje seja inaceitável amanhã ou que um único alimento seja aceito por vários dias seguidos. 

Se os pais não entenderem que esse comportamento é transitório e normal podem reagir com atitudes enérgicas,  pressionando a criança a comer o que pode se transformar em um distúrbio alimentar real.  

Por essa razão, é necessário o conhecimento de alguns aspectos importantes da evolução do comportamento alimentar na infância.

A bagagem genética também pode ser um fator que predispõe as preferencias alimentares, portanto, na gestação é importante a variedade de alimentos e sabores.

 Ao longo da infância a criança sofre diversa influencias do ambiente de seu convívio, sendo também um fator determinante para suas preferencias.

 Falta de apetite ou fome de aprendizado?


Dentro de um contexto normal, ou seja, a criança não apresenta nenhum fator aparente ou determinante que comprometa a saúde, algumas atitudes relacionadas a alimentação são consideradas normal.

E importante entender que do primeiro mês de vida até um ano de idade a criança passa por fases e diminuição velocidade no crescimento podendo ocorrer a diminuição do apetite neta fase.

 A criança aprende brincando e associa-se a esse comportamento o maior interesse pelo ambiente. Com a atenção desviada para outras atividades, como andar mexer em objetos espalhados pela casa, afinal de contas é um momento de descobertas.

 A criança nessa fase pode apresentar um apetite inconstante, como resultado de particularidades próprias da idade, por esse motivo momentos de falta de interesse pela alimentação em via de regra não devem ser considerados um problema.

A falta de interesse pela alimentação é considerada natural, portanto evite as famosas chantagens e artifícios para obrigar a criança a comer, atitudes como disfarçar o alimento, distrair a criança com brincadeiras ou telas pode gerar verdadeira desestruturação do comportamento alimentar normal. 

Pelo fato da criança perde o contato com o alimento e  fica mais difícil reintroduzi-lo.

Nesta fase é comum a criança deixar de comer algum alimento que comia frequentemente na introdução alimentar, fique tranquila, não deixe de continuar ofertando o alimento, ele vai naturalmente voltar a aceita-lo.

Evite temperos e condimentos fortes, picantes ou sabores muito acentuados nesta fase, lembre-se que este paladar ainda está em fase de construção.

A mamadeira se ainda for utilizada precisa ser substituída pelo copo para que aos 2 anos de idade esse utensilio já não seja mais usado.

Um fator importante a ser observado é a capacidade gástrica, ou seja, o volume de alimento capaz de saciar a criança que ainda é pequeno nessa fase cerca de 200 a 300 ml. 

Lembre-se deque é um adulto servindo uma criança com a quantidade que o adulto acha que ela deve comer, portanto respeite a saciedade da criança ela naturalmente sabe quanto é suficiente, o adulto cuida da qualidade nutricional do alimento.

Aproveite esta fase onde a criança apresenta maior interesse em manipular utensílios, talheres e o próprio alimento com as mãos reforce esse comportamento estimulando o contato com o alimento e explorando suas diferentes texturas com a supervisão um adulto.

Os intervalos entre as refeições e os lanches estão positivamente relacionados com o tamanho (quantidade) das refeições e vice-versa. Essa relação implica o poder de saciedade e do volume consumido que determinaria biologicamente o próximo momento de se alimentar.

 Se a criança não sofre influencias comportamentais negativas da família, tais como horários rígidos para alimentação e erros na pratica alimentar, a criança controla perfeitamente a ingestão (quantidade) de energia (alimento), já a qualidade do alimento fica na responsabilidade do adulto.

 As preferencias alimentares de crianças são os principais determinantes da sua ingestão, e esse processo é aprendido via experiências repetidas no consumo de determinados alimentos condicionados ao contexto familiar, ou seja, a família é o principal responsável pela formação do padrão alimentar da criança. 

Uma família que não tem como hábito o consumo de verduras, legumes, e frutas e consomem muitos alimentos industrializados a tendência é a criança formar suas preferencias com esses mesmos hábitos. 

Estimular uma alimentação mais saudável, não trocar a refeição por fast food, sucos por refrigerantes frutas por doces.


Essa é uma fase ludica um verdadeiro mundo de fantasias, apreveite para usar toda a criatividade e criara momentos agradaveis, comer é  aprendido e criança aprende brincanado.


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